Dois meninos saem pela rua vendendo doces. Em pouco tempo, eles conseguem repassar toda a produção. Quando estão voltando para casa, aparece uma pessoa querendo comprar um doce. O primeiro menino responde rapidamente que acabou. Já o segundo diz que vai em casa fazer o doce e o entrega mais tarde. Qual dessas duas qualidades cada menino se encaixa: envolvido x comprometido?
Embora sejam duas palavras que parecem ter o mesmo significado, envolver-se em algo não quer dizer que se compromete com ele. Como assim? Para entender melhor, voltemos à situação hipotética que citamos na introdução. Ninguém discorda que os dois meninos estavam envolvidos em um trabalho: vender doce.
E ambos foram bem-sucedidos, pois venderam toda a sua produção. No entanto, quando foram abordados pelo último cliente, ficou bem evidente qual deles estava comprometido com o trabalho. Para o menino que voltou em casa com o objetivo de produzir mais doces, o seu serviço não era apenas ganhar dinheiro, mas atender aos pedidos dos clientes.
Chegamos à conclusão de que a pessoa comprometida vai além do “marco” comum, enquanto a envolvida faz somente o necessário para cumprir as suas tarefas diárias. Não queremos dizer que um profissional comprometido sempre produzirá mais do que o envolvido. Mas, com certeza, fará melhor, com toques de criatividade e com entusiasmo.
Agora, aprofundaremos nas peculiaridades do envolvimento e do comprometimento. No geral, conseguimos identificar pessoas envolvidas ou comprometidas por meio de, pelo menos, três fatores. Vejamos quais são eles.
O comprometimento emana de fontes internas. Por exemplo, um profissional assume determinado projeto porque deseja contribuir para o sucesso dele. Em cada etapa concluída, ele se sente feliz e realizado — sentimentos que atuam como uma “mola propulsora” para a continuação do trabalho.
Por outro lado, o envolvimento é sustentado por forças externas. Nesse caso, o colaborador entra em um projeto apenas por obrigação. Além disso, atua nas demandas de forma limitada, pois sabe que o salário está garantido no fim do mês. Se não houver recompensas e elogios, a desmotivação se apodera desse profissional.
Há o comprometimento oral, escrito e público. Os dois primeiros envolvem uma confirmação particular de que desejamos fazer o nosso melhor na empresa. Já o último é uma expressão pública desse objetivo. Na verdade, o que mais evidencia o comprometimento é o exemplo. Afinal, não é difícil apontar na empresa quem “veste a camisa” do negócio. Esse assunto nos leva para o próximo tópico.
Os profissionais comprometidos apresentam alguns atributos invejáveis. Porém, os envolvidos carecem dessas qualidades. Por exemplo, quem tem comprometimento apresenta: empatia, foco, criatividade, humildade, responsabilidade, felicidade, proatividade e necessidade de constante aprendizado.
É claro que você deseja ser um profissional comprometido com a empresa e não apenas envolvido. Contudo, o segredo para desenvolver essa qualidade é ter comprometimento com a vida, seja no campo pessoal, familiar ou empresarial. O caminho para isso é saber onde, quando e como deseja chegar a um objetivo.
Essas respostas têm origens internas. Por isso, a autoestima, a paz e a meditação são como degraus que levam ao comprometimento. É importante também inserir técnicas que ajudem na definição de objetivos, no autoconhecimento e no desenvolvimento de habilidades profissionais.
Além disso, uma observação cuidadosa do cotidiano pode ajudar na identificação do comprometimento ou envolvimento pessoal. Por exemplo, um profissional que sempre entrega serviços de excelência para a empresa, elenca objetivos pessoais, busca atingi-los e não abre mão dos momentos com a família, com certeza, está no grupo dos comprometidos com a vida.
Fonte: https://www.teambuildingbrasil.com.br/blog/envolvido-comprometido/